sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Gostaria de compartilhar


Bom dia, bispo!
Gostaria de compartilhar algo com o senhor...
"Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando alguém fizer voto com respeito a pessoas, estas serão do Senhor, segundo a tua avaliação."  Levítico 27.2
Essa Palavra é tão verdadeira, que há aproximadamente 21 anos visitei a igreja pela primeira vez, porque a minha mãe me convidou. Houve uma mudança muito grande dentro dela. Até o meu pai estava satisfeito a princípio, embora não aceitasse vir conosco à igreja. Pouco tempo depois, ele, que era alcoólico naquela altura, tornou-se possessivo e demoníaco, a ponto de querer proibir eu e minha mãe de irmos à igreja dos "ladrões", como dizia.
A partir daí, começou a perseguição implacável do diabo, por intermédio do meu pai. Num domingo de manhã, ele entrou na igreja com uma enorme tesoura para tentar nos matar. Queria cravá-la na minha mãe, e se não fossem os obreiros, hoje ela estaria morta.
As discussões e agressões dentro de casa eram constantes; acusações e difamações contra a igreja, também; além disso, nos proibia de buscar a Deus, caso contrário, nos mataria. E, se preciso fosse, ele entraria na igreja com uma máquina escavadora que tinha, para destruir tudo e todos.
Passei a ir ao monte para orar a Deus a convite da minha mãe, mas faltava algo a mais para nos preencher; então, às escondidas, voltamos a frequentar as reuniões. Porém, como o diabo é muito sujo, o meu pai descobriu e nos trancou em casa. Colocou gasolina por toda parte e, com um isqueiro na mão, nos ameaçava para deixar a igreja, ou morreríamos queimados.
Naquela hora, veio um pavor muito grande dentro de mim, pois eu não tinha a certeza da minha salvação, mas percebi que estava no caminho certo. As acusações dele eram sem fundamento, nada mais eram do que uma estratégia demoníaca para negarmos Jesus, porém isso nunca aconteceu. Esse momento passou, e a partir daí fiquei firme com Deus.
Ele nos colocou na rua várias vezes, e em algumas delas fazia extremo frio e geada, mas estávamos firmes.
Numa dada altura em que estava sozinho em casa com o meu pai, ele me mandou escolher. Prometeu me dar TUDO o que eu quisesse, mas teria de deixar a igreja ou sair de casa imediatamente. Bispo, naquela hora, não pensei duas vezes: peguei uma mala, coloquei a roupa dentro e saí de casa.
Converti-me a Deus de fato, sem aparências. Entreguei-me a Ele de espírito, alma e corpo. Não tive rancor, mágoa ou ódio do meu pai, pelo contrário, sempre tive um grande amor e carinho por ele. Nessa altura, nasceu em mim um desejo de ajudar os outros, um amor grande pelas pessoas. Mais tarde, comecei a fazer a Obra, deixando toda a minha vida e meus objetivos pessoais para trás.
A essa altura, quando entrei na Obra, meu pai me negou como filho e chegou a ir à igreja para tentar me matar. Parecia que ia acabar ali a minha vida nesta Terra, mas, dentro de mim, estava seguro, pois sabia, e sei, a quem tenho servido. Deus nunca me desamparou.
Cheguei a ligar para o meu pai, para tentar falar com ele, mas fingia que nem me conhecia.
Não dá para escrever tudo, pois foi uma luta muito grande para o meu pai aceitar a nossa fé. Tudo parecia, aos olhos humanos, que ele nunca iria me aceitar, e, muito menos, o Senhor Jesus.
Neste fim do ano, ele aceitou vir à igreja. Esteve conosco em família. E embora os meus pais estejam, "por enquanto", divorciados, continua amando a minha mãe.
Quando estava realizando a vigília da passagem de ano e o vi entrar no salão, passaram-se todos os 21 anos de lutas e perseguições na minha cabeça. Havia um receio dentro de mim de como ele reagiria, mas agi na hora e decidi dar ao povo o que precisava, apesar de ver os olhos do meu pai fitos nos meus.
Bispo, passaram-se esses 21 anos de lutas, votos, orações e jejuns, mas a Palavra de Deus não falha: o meu pai tem participado aos domingos na igreja local onde ele mora, e estamos vendo o início de uma mudança na vida dele. Sei, e sempre soube, que este dia chegaria, pois os votos em relação a ele foram feitos e trariam a resposta de Deus.
Hoje desfruto de um relacionamento com o meu pai que não existia!
Grato pela sua atenção dispensada.
Deus lhe abençoe muito!
Pastor Nuno Aleixo.

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